Os dados foram apresentados esta Segunda-feira pela directora nacional da Saúde Pública, Helga Freitas, realçando que até ao momento existem 21 pontos de alto rendimento em cinco províncias para a implementação do plano de vacinação do país.
Helga Freitas referiu que desde o dia 2 de Março, dia em que Angola recebeu o seu primeiro lote de 624 mil doses de vacinas da AstraZeneca, no âmbito da iniciativa Covax, foram vacinadas, até esta Segunda-feira, 181.578 pessoas.
“Em Luanda foram vacinadas 124.822 pessoas, de grupos de risco, em Benguela 25.867 pessoas, no Huambo 13.730, na Huíla 7575 e em Cabinda 9604”, informou.
A partir do dia 9 deste mês, dar-se-á início à vacinação das pessoas mais expostas das restantes dez províncias do país, e em Maio iniciará a aplicação da segunda dose da vacina reservada para este objectivo.
Foram vacinados 47.866 trabalhadores de saúde, 63.660 professores, 26.067 pessoas idosas e com comorbidades.
Helga Freitas informou que a vacinação com as 200 mil doses doadas de vacinas chinesas “Sinopharm”, arrancou, Sábado, em cidadãos chineses, tendo já sido vacinadas até esta Segunda-feira 1055 pessoas, por pessoal treinado e sob supervisão do Ministério da Saúde.
“Terminada a vacinação de pessoas idosas ampliaremos a vacinação para maiores de 40 anos que se estima em 6.4 milhões de pessoas, mas tudo depende da disponibilidade de vacinas que o Governo angolano tudo está a fazer para adquirir”, disse.
A responsável realçou que a vacina é segura e reduz significativamente os casos graves da doença, “pelo que é importante que todos os profissionais da saúde e com maior exposição, adiram nesta fase à vacinação” para reduzir principalmente e particularmente a mortalidade e morbilidade.
Por sua vez, a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, relatou dois casos de profissionais de saúde que tiveram a oportunidade de se vacinar, em plena campanha de vacinação, e morreram com covid-19, por não terem feito a vacina.
“Qualquer um deles morreu depois de mais de 15 dias de campanha de vacinação, a vacina chegou lá, esteve perto, tiveram a oportunidade, os prazos foram estendidos, foram explicadas todas as vantagens da vacina, temos consciência que nesta vacina da AstraZeneca houve muita controvérsia, mas a razão veio ao de cima e percebeu-se que, do ponto de vista científico não havia razões para alguma suspensão, nós mantivemo-nos firmes”, disse.
Sílvia Lutucuta, que respondia à pergunta sobre a proibição de acesso aos locais de serviço dos profissionais de saúde, que não tenham sido vacinados, sublinhou a necessidade de se salvaguardar a vida dos mesmos.
“De facto estamos a analisar, mesmo a nível da Comissão Multissectorial, vamos usar todos os instrumentos legais que existem disponíveis que nos possam ajudar a persuadir fortemente a que estes profissionais se vacinem”, disse.