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Higino e Rebelais…não vão a julgamento?

Um ano e dois meses depois, desde que a Procuradoria-Geral da República (PGR) remeteu ao Tribunal Supremo os processos-crime em que são arguidos o antigo Ministro das Obras Públicas, Higino Carneiro e o antigo Director do extinto Gabinete de Revitalização e Execução da Comunicação Institucional, Manuel Rebelais, não há informação que ambos vão a julgamento. Pelo menos nos próximos três meses.

Enviado ao Tribunal Supremo, em Agosto de 2019, pelo facto das duas individualidades gozarem de forúm especial, os processos estiveram em instrução contraditória, a verdade é que de lá para cá,  ambos permanecem em segredo de justiça.

Aliás, entre avanços  e recuos , houve apenas poucas novidades: foi o caso do Tribunal Constitucional que publicou, em Julho de 2020, no seu site oficial, sete acórdãos, entre o quais pontifica o número 628 que restitui a liberdade de movimentos a Higino Carneiro, general das Forças Armadas Angolanas(FAA).

A restituição da liberdade de movimentos a Higino Carneiro decorre da decisão dos juízes do Tribunal Constitucional(TC) que declarou inconstitucional a decisão do Tribunal Supremo, que proibia o ex-governador de Luanda de se deslocar para além das regiões limítrofes da capital angolana ou para o estrangeiro.

Já em relação ao antigo Ministro da Comunicação Social, a grande novidade é, sem dúvida, a entrega recente da Estação de Televisão, TV Palanca, ao Serviço Nacional de Recuperação de Activos da Procuradoria-Geral da República(PGR).

Rebelais terá alegado que a entrega da TV Palanca ao SENRA da PGR deve a problemas de ordem financeira, embora fonte próxima ao dossiê, que preferiu o anonimato, admite que a colaboração com a justiça será  sempre numa perspectiva para alcamar os ânimos.

Entretanto, o Luandapost sabe que até à data, o Tribunal Supremo não solicitou  ao presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade Dias do Santos, o levantamento das imunidades dos deputados em causa para o seguimento do processo.

Em Fevereiro de 2019, Higino Carneiro foi ouvido na condição de antigo Governador da província de Luanda em sede dos actos da gestão praticada de 2016-2017, no consulado de José Eduardo dos Santos.

É acusado de gestão danosa de bens públicos e também é acusado de crimes de peculato, violação de normas de execução do plano e orçamento e abuso do poder e branqueamento de capitais.

Aos 63 anos, o também deputado foi constituído arguido no processo número 24/2018.

Em relação a Manuel Rebelais,  a PGR oficializou a informação de proibição de saída ao deputado constituído arguido no processo número 68/2018, na condição de antigo director do Grecima em que é indiciado por gestão de danos de bens públicos.

O também deputado à bancada do MPLA é indiciado de crimes de peculato, violação de execução do plano e orçamento e abuso ao poder, associação criminosa, corrupção passiva e branqueamento de capitais.

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