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Antigo Administrador da Sonangol nega suborno

O Antigo Administrador da Sonangol Sianga Abilio, negou ter beneficiado de Usd 400.000 (quatrocentos mil Dólares Americanos) em troca de favores para a obtenção de contratos entre 2005 e 2006.

Numa nota de esclarecimentos enviada ao Luanda Post, Sianga Abilio, que actualmente exerce as funções de Embaixador de Angola no Quénia, revela que trabalhou no sector dos Petróleos durante 27 anos, desde os seus 25 anos de idade, como Engenheiro Geólogo nas plataformas petrolíferas no mar , Director, Director Geral da Subsidiaria Pesquisa e Produção, até atingir a posição de Membro do Conselho de Administração.

“No período 2005/2006, fui Administrador Executivo da Sonangol, nomeado por Decreto Presidencial, e não Director de Operações como refere o artigo”, recorda.

Segundo Sianga Abilio, “no quadro das minhas responsabilidades supervisionava o pelouro técnico de hidrocarbonetos (Concessionária) integrado por algumas Direcções, dentre as quais a Direcção de Produção (DPRO), Direcção da Economia das Concessões (DEC) e a Direcção de Exploração (DEX), responsáveis pela análise e avaliações técnicas das recomendações recebidas das empresas operadoras. Em nenhum momento fui envolvido nas negociações para a construção do Paenal (Porto Amboim Estaleiros Navais Lda.), nem nos Contratos de construção dos Navios FPSO KUITO, SANHA e Xicomba”, sustenta.

De acordo com o acusado, relativamente ao Contrato da BP e SBM Offshore para construção de um sistema de águas profundas ou ainda ao contrato relativo a construção e arrendamento para a petrolífera ExxonMobil de dois navios FPSO no campo petrolífero Kizomba, esses sim, “passavam pela Sonangol para efeitos de validação e aprovação no exercício da função concessionária ou seja, o empresário não precisava de subornar os funcionários da Sonangol porque os concursos eram lançados pelas empresas operadoras, após aprovação da lista dos concorrentes pela Sonangol, neste caso, a BP e a ExxonMobil, que recebiam e analisavam as propostas e faziam as recomendações à Sonangol sobre o provável vencedor”.

Actescenta ser ” falso e calunioso afirmar que Sianga Abílio tinha o poder de impedir a celebração e execução do Contrato porque, primeiro acima de mim tinha um Presidente do Conselho de Administração, ou seja, na cadeia de decisão, eu não era o último e, segundo, porque as Empresas operadoras são idóneas com experiência à nível mundial. Durante a minha passagem pela Sonangol são raras as ocasiões em que as recomendações das empresas operadoras eram rejeitadas e neste caso dos Contratos da ExxonMobil e BP, os mesmos foram aprovados pela Sonangol”

Se o Empresário citado pela publicação disse que subornou, “penso que terá optado por uma acção errada porque tal facto não teve influência na decisão sobre a escolha do vencedor do concurso, uma vez que as recomendações são feitas pelas empresas operadoras. Desconheço a Empresa Demógrafos Lda. sendo esta, a primeira vez que tomo contacto como uma referência sobre a existência da mesma”, conclui.

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