O músico angolano Paulo Flores subiu ao palco do Coliseu de Lisboa sexta-feira, para apresentar o novo álbum que festeja a independência de Angola.
Para o músico, o livre pensamento ainda é um direito por conquistar no país. O novo trabalho é o seu testemunho dos 45 anos de Angola como país independente. Mas o álbum também celebra os 48 anos de vida do músico, natural do Cazenga, em Luanda.
“Este álbum procura essencialmente uma reflexão que, mais do que música, tinha a ver com o conteúdo e com o texto da mensagem que eu queria passar, que tem a ver com as dependências sobre as quais a nossa independência ainda está dependente”, começa por dizer o artista.
Segundo Paulo Flores, o álbum não representa apenas o sentimento de alma do músico que é considerado um dos cantores mais populares de Angola.
“Lembrei-me do álbum ‘Independência’ do Teta Lando, que foi o segundo dele, e eu achei que seria interessante falar com o Yuri [da Cunha]; ele também gostou dessa ideia de nos vermos, tantos anos depois”, conta. “E é curioso que parece que sentimos ainda as mesmas carências que Teta Lando cantava quando lançou a ‘Independência’ dele”, revelou à DW África.