InícioEm FocoJurista que negou cargo ministerial reforça bancada parlamentar do MPLA

Jurista que negou cargo ministerial reforça bancada parlamentar do MPLA

Os parlamentares angolanos aprovaram quinta-feira, o projecto de resolução de suspensão temporária do deputado França Ndalu.

Ndalu, antigo CEMG das FAPLA, foi substituído por António Paulo, Nº119 da lista de deputados nas eleições gerais de 2017.

Na visão do jurista Albano Pedro, a entrada de António Paulo na AN é encarada como um arranjo, visivelmente táctico, que revela o reforço do “plantel” do maioritário no processo de discussão e aprovação da Lei de Revisão da CRA. “Pois, António Paulo, ele próprio um dos artífices da CRA de 2010, faz parte da linha da frente dos juristas da nova geração chamados pelo partido para assegurar a qualidade e competência no exercício do poder, estando no meio de nomes como Cremildo Paca, Adão de Almeida, Marcy Lopes, Etiandro Simões, etc”.

Na sua opinião, esta jogada vai obrigar  a oposição a acertar o seu plantel de tecnocratas “se quiser ajudar a elevar a qualidade do debate político tanto para as agendas parlamentares quanto para o pleito eleitoral que se avizinha. Já que, para um certo eleitorado esclarecido, não basta chamar “gatuno” ou “corrupto” a quem governa para conquistar apoios”, alerta.

António Rodrigues Paulo, que foi secretário de Estado da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social no Governo chefiado por José Eduardo dos Santos, foi o único dos 32 ministros nomeados entre 28 e 29 de Setembro de 2017 por João Lourenço.

Informações avançadas na altura, apontavam que o também jornalista terá recusado em integrar o executivo pelo facto da inclusão do seu nome ter ocorrido na sequência do então titular António Domingos  Pitra Neto ter declinado continuar no governo.

Alegadamente, António Paulo, aceitaria integrar o governo mediante uma consulta previa a António Domingos  Pitra Neto, a quem  considera seu mestre e  responsável pela sua ascensão politica. Ao não acontecer desta forma, segundo o Club – k, o mesmo viu-se obrigado a não entrar no governo por motivos de coerência.

António Paulo foi descoberto por Virgílio de Fontes Pereira, seu ex-professor ao tempo em que estudava na Universidade Agostinho Neto e trabalhava como jornalista no Jornal de Angola. Através de Fontes Pereira conheceu Pitra Neto que reconheceu nele aptidões técnicas e levou-o para trabalhar no MAPESS, onde desempenhou vários cargos de responsabilidades até de chegar a Secretário de Estado.

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