Aos 15 anos foi chamado aos Palancas Negras. Foi bi-campeão pelo FC do Porto e vencedor de duas super-taças. Apesar da sua carreira ter ganho um sentido descendente por conta de algumas opções tomadas que não foram das melhores.
Em entrevista ao Luanda Post, Aldo Geraldo Manuel Monteiro “Kadú), guarda-redes internacional angolano ao serviço do Sporting de Espinho, revela entre outras coisas, que sonha em recuperar o tempo perdido quer em Portugal ou no Girabola.
Que mais dados podemos encontrar no seu bilhete de identidade ?
Fora do que está na Internet, também sou casado.
O futebol sempre foi a modalidade de eleição?
Sim o futebol é desde sempre a minha grande paixão.
Como qualquer jovem africano, o profissionalismo na Europa, é a meta para todos. O que é que significa para si chegar na Europa e jogar no clube que poucos anos antes havia erguido a UEFA CL?
Comecei a jogar no CF os belenenses de Lisboa. A minha passagem para o FCP foi rápida. Era tudo novidade. Mas as pessoas viram potencial em mim e apostaram embora não tenha chegado a ser titular na primeira equipa do FCP. Mas Consegui grandes coisas durante as 3 épocas na equipa principal 2 vezes campeão nacional e 2 super taças.
No entanto, desde a saída do Porto que a carreira vem conhecendo uma trajetória descendente …
O meu espaço no FCP esteve sempre na equipa B, onde fiz muitos jogos. A dada altura achei que o meu percurso desde os escalões de formação passando pela equipa B, fazendo parte da equipa A, havia chegado ao fim precisava de um estímulo diferente. Algumas opções tomadas não foram as melhores e demorei algum tempo a perceber no novo contexto em que estava inserido penso que foi dos principais problemas. Mas nas 2 últimas épocas tenho recuperado a minha forma e confiança sinto-me bem e melhor preparado.
Ainda sonha em vestir a camisola de um grande da liga portuguesa ?
Trabalho todos os dias com olhos no futuro existe futebol para além dos grandes por isso continuo a lutar para ser feliz seja nos grandes ou não.
Em 2010, com apenas 16 anos foi chamado pelo técnico Hervé Renard. Mas de lá para cá não atendia as chamadas. Sonhava em representar Portugal ?
Fui chamado pela primeira vez com 15 anos em 2010. Depois do estágio no Lubango voltei ao clube e às pessoas conversaram comigo o melhor cominho a seguir na altura que era aproveitar primeiro a formação no clube e estar melhor preparado para no futuro servir melhor Angola e o FCP. Comuniquei isto a federação.
Tem acompanhado a trajetória dos Palancas Negras? A qualificação para o próximo CAN parece miragem, mas ainda há hipóteses para o mundial do Qatar…
Para chegarmos ao CAN é difícil mas não impossível temos que fazer o nosso trabalho que é ganhar os últimos 2 jogos e esperar para ver o que os outros vão fazer. Falando da qualificação para o mundial sinceramente estou bastante confiante o selecionador está a montar um grupo forte jovem e com muitos valores certamente teremos uma palavra a dizer na qualificação para o mundial do Qatar.
Apesar de ter nascido em Angola, nunca representou qualquer clube do Girabola. Sonha com esta possibilidade ?
Quase todos anos recebo convites de clubes do girabola mas nunca se concretizou. Esta época estive muito perto de assinar por um clube do girabola mas a situação da pandemia e o nascimento do meu filho, acabou por condicionar uma bocado a decisão, mas vejo com bons olhos a possibilidade de representar alguma equipa no girabola.
Como classifica o futebol angolano no contexto africano ?
Podíamos estar melhor. Temos matéria humana para nos impormos de forma diferente no continente o caminho faz-se caminhando, mas já devíamos estar noutro patamar, o importante é que as políticas para o futebol em Angola sejam realistas e que as pessoas tenham vontade e compromisso de as executar.
Um apelo aos seus companheiros chamados para a dupla jornada diante da Gâmbia e Gabão ?
Honrem as cores de Angola lutem com bravura deixem-nos orgulhosos.
