A TAP vai estudar a abertura de rotas para o Dubai. A companhia aérea portuguesa anunciou um acordo de princípio com a Emirates para expandir a parceria estratégica. As duas empresas pretendem ainda promover os programas de escalas, segundo o comunicado divulgado esta segunda-feira.
“As companhias aéreas planeiam apoiar os programas de Stopover uma da outra no Dubai e em Lisboa, com a Emirates também a apoiar a TAP enquanto ela analisa as oportunidades de expansão nos Emirados Árabes Unidos”, assim refere a nota de imprensa divulgada esta segunda-feira.
Há vários anos que TAP e Emirates são parceiras, através do sistema de codeshare. Ou seja, um passageiro pode comprar na página da TAP um voo operado pela Emirates e vice-versa.
A TAP Air Portugal vai colocar o seu código nos voos da Emirates para destinos como Taipé, Tóquio, Osaka, Bombaim, Deli, Dhaka, Malé, Jacarta, Denpasar, Manila, Hanói, Barcelona e Cidade do México.
Os clientes da Emirates poderão aceder a mais destinos domésticos em Portugal, bem como aos voos da TAP para cidades nos EUA, Canadá, México, Brasil, Senegal, Guiné-Bissau, Guiné-Conakry, Marrocos, Tunísia, Gâmbia e Cabo Verde.
“O novo acordo fará com que os clientes de ambas as companhias aéreas beneficiem de conetividade perfeita em muitas novas rotas nas Américas, Norte da África e Leste Asiático. A Emirates e a TAP também irão explorar formas de aprimorar a cooperação dos seus programas de passageiro frequente, incluindo oportunidades de ganho e resgate recíprocos e benefícios muito valorizados, como acesso a salas de lounge nos aeroportos”, assim refere o documento.
O acordo agora anunciado deverá entrar em vigor em 1 de maio, sujeito a aprovações regulamentares.
Este anúncio da TAP surge numa altura em que a Comissão Europeia ainda está a avaliar o plano de reestruturação da companhia aérea portuguesa. A ajuda de Estado de 1200 milhões de euros, concedida em 2020, levou à elaboração deste documento, que previa a saída de cerca de 2000 pessoas e cortes salariais acima dos 900 euros.
Após negociação com os sindicatos, os cortes começam acima dos 1330 euros (exceto para os tripulantes que neste ano) e foram implementadas um conjunto de medidas de adesão voluntárias que fez cair o número de despedimentos para cerca de 800.
A adesão a estes mecanismos deveria terminar em 14 de março, mas a companhia decidiu prolongar até 24 de março. Até agora, os tripulantes entre 55 e 59 anos serão dos mais interessados em sair da TAP, conforme o Dinheiro Vivo escreveu no último sábado.
