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Archer Mangueira apanhado em “contramão”

Os últimos anos da governação do Presidente da República, João  Lourenço, têm sido marcados com escândalo atrás de escândalo.

Desta vez é o Governador do Namibe, Augusto Archer de Sousa Mangueira, que é apanhado em contramão e com as “calças não mão” .

Em causa a adjudicação directa do Governo provincial do Zaire à Empresa de Terraplenagem e Estrada de Angola ( TEA) , orçada em Akz 1.500.11.965.59, no quadro do Programa Integrado de Intervenção dos Municípios (PIIM), para terraplanagem de 15 quilómetros da via de acesso ao município de M’banza Congo.

O antigo Ministro da Finanças aparece na segunda posição da estrutura societária, com 35 % do capital social da referida empresa, contrariando à máxima do Executivoangolano segundo qual os seus membros estariam proibidos de negociar consigo próprio.

E a preferência para a empresa TEA SA não é o acaso: Archer Mangueira terá contado com o beneplácito do Pessoal da Contratação Pública, que por sinal, maior parte dos quadros foram nomeados durante a sua passagem pelo Ministério das Finanças.

Aliás, apesar de ter deixado o edifício sedeado na Matumba, o antigo conselheiro económico de José Eduardo dos Santos, continua com fortes tentáculos enraizados na casa das finanças, mesmo a nível da ministra, Vera Daves, de quem se diz terá apadrinhado para o substituir no cargo. Ela é capaz de fechar os olhosem empreitadas associadas ao seu antencessor, sobretudo quando é financeira.

Aliás, o orçamento bilionário é outro assunto que merece discussão, uma vez que no troço, os trabalhos são de terraplanagem, o que recomenda uma investigação do Tribunal de Contas, que era suposta desempenhar o seu papel em fiscalizar a legalidade dos actos de gestão financeira e administrava do Estado. Deste órgão, a indiferença é a bandeira.

De um tempo a esta parte, diga-se de passagem, alguns governadores províncias adoptaram uma nova táctica, que passa por transferir as suas empresas fora da sua jurisdição, tal como Omatapalo, associada ao governador da Huíla, Luís Nunes, e TEA-Empresa de Terraplenagem e Estradas de Angola, cujo segundo rosto é Archer Mangueira.

Perante sucessivos escândalos, há quem questione o silêncio do Presidente da República João Lourenço, cujabandeira é o combate à corrupção, nepotismo e a impunidade, mas que nesses casos tem passado à margem.

 

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