Os deputados do MPLA com processos-crime na Procuradoria-Geral da República (PGR) por envolvimento em alegados casos de corrupção, não participaram na sessão desta quinta-feira, 21 do corrente, na Assembleia Nacional durante o debate sobre o fenómeno da impunidade, proposto pelo seu grupo parlamentar.
Tratam-se dos deputados Higino Carneiro, Vitória de Barros, Virgílio Tyova, Aldina da Lomba, João Marcelino Tyipinge, só para citar estes, como comentou uma fonte da casa das leis a este portal de notícias, os mesmos não têm moral para darem as suas sugestões sobre o assunto naquele momento.
A discussão que decorreu sob o lema “o combate à impunidade como factor primordial à boa governação”, foi também motivo de debate nas redes sociais. O jornalista sénior Graça Campos, escreveu na sua página do Facebook, não ter a menor esperança que desse debate resulte algum imput válido para reanimar a cruzada contra a corrupção e a impunidade levado acabo pelo Presidente João Lourenço.
“Os problemas estão no seio do MPLA. É lá que renasce, com bastante vigor, a bajulação ao líder”, escreve o jornalista, tendo lembrado que João Lourenço se comprometeu a banir tais práticas, mas que hoje contempla.
A deputada da UNITA Mihaela Webba entende que o parlamento representativo de todos os angolanos, está impedido de exercer as suas competências constitucionais, para quem, não pode haver boa governação.
“Pelo contrário, há promoção e protecção da impunidade”, diz a deputada do galo negro, e acrescenta: “O combate sério à impunidade, que alimenta a corrupção, exige que Angola conforme a sua Constituição atípica ao princípio do estado de direito”.