A economia angolana teve uma desaceleração de 8,8 por cento no segundo trimestre deste ano, comparativamente ao mesmo período de 2019, devido o novo coronavírus.
De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), entre várias áreas, o sector das pescas, petróleos, diamantes, construção civil, comércio, transportes, indústria transformadora, imobiliário, agricultura e do entretenimento foram os mais afectados.
Com a desaceleração económica, o custo de vida dos angolanos aumentou e a taxa de desemprego subiu, assim como os preços dos bens essenciais da cesta básica.
O INE aponta que a taxa de desemprego, no terceiro trimestre de 2020, em Angola, subiu para 34 por cento, contra 32,7% do período homólogo.
Indica ainda que as “pessoas nos trimestres anteriores classificadas como desempregadas e pessoas que efectivamente perderam os seus empregos, devido à pandemia da Covid-19, podem, neste trimestre, ser classificadas como inactivas.
O INE adianta que “a não disponibilidade para começar a trabalhar, por motivos relacionados com a pandemia, pode levar ao acréscimo da população inactiva”.
Quanto à economia informal, que engloba a maioria da população angolana, situa-se em 79,6 por cento, sendo 69,6% homens e 89,5% mulheres.
A análise dos dados do INE demonstra que a taxa de emprego informal é bem maior na área rural (92,3%) que na área urbana (66,0%), realidade que só será ultrapassada com o esforço de todos, particularmente nesta altura de pandemia.
É sabido que a Covid-19 não impactou negativamente apenas na economia de Angola. Trata-se de uma realidade vivida por praticamente todos os Estados, incluindo as grandes potências, apanhadas desprevenidas por um vírus silencioso.