João Lourenço está aplicado em reforçar o seu poder e influências no aparelho do MPLA, convencido de que é diminuto o apoio e/ou a lealdade da direcção do partido à sua pessoa, enquanto líder do mesmo, cenário susceptível de comprometer o seu futuro político, tendo em conta o papel determinante do partido como centro de poder político.
Segundo o Àfrica Monitor (edição paga), baseando-se em informações correntes no partido, consideradas fiáveis, é a substituição de Luísa Damião como vice-presidente do MPLA que de momento concentra as principais atenções de JL nos seus esforços para reforçar o seu controlo do partido.
A publicação adianta que nos mesmos meios é apontada como gozando do favoritismo de João Lourenço para substituir Luísa Damião na vice-presidência do partido é Virgílio Fontes Pereira, um quadro de reconhecida experiência política e governativa, acumulada no período de JES, que tem vindo a ganhar importância na bancada parlamentar do MPLA, tendo a seu cargo o projecto da reforma do Estado.
A ascensão de VFP que a sua eleição para a vice-presidência do MPLA representaria, é interpretada como “um primeiro passo” com vista à sua apresentação, nas eleições de 2022, como segunda figura da lista do MPLA – distinção a que corresponderia a seguir o exercício do cargo de Vice-PR.