O Banco Kwanza Investimento, que tem como principal acionista o empresário suíço-angolano Jean-Claude Bastos de Morais, voltou a convocar uma assembleia-geral extraordinária para dissolver a sociedade, segundo um anúncio publicado no Jornal de Angola.
Segundo à Lusa, o banco já tinha publicado convocatórias semelhantes para concretizar a dissolução da sociedade e nomear uma comissão liquidatária, sem conseguir os objectivos por falta de quórum.
De acordo com a fonte, o anúncio hoje publicado convoca os acionista para se reunirem no dia 04 de janeiro e, caso não esteja representado mais de 50% do capital social com direito a voto, admite uma segunda convocação para dia 20, mas desta vez as decisões poderão ser deliberadas “seja qual for o número de acionistas presentes ou representados e o capital por eles representado”.
Anteriormente, esteve prevista para 31 de agosto uma assembleia-geral extraordinária, que exigia a presença mínima de mais de 50 por cento do capital acionista representado. A Mesa da Assembleia-Geral avançava, entretanto, a data de 17 de setembro para uma segunda convocatória, em caso de falta de quórum.
Logo depois de ser conhecido este anúncio, o Banco Nacional de Angola (BNA) impôs medidas ao Banco Kwanza, nomeadamente executar transferências dos clientes e manter o limite de fundos próprios.
Até à sua dissolução, caso seja essa a deliberação dos accionistas, o Banco Kwanza terá de adoptar algumas medidas, entre as quais abster-se de receber novos depósitos, salvo os que digam respeito ao reembolso de créditos ou dívidas de terceiros para com o banco.
O Banco Kwanza Investimento, ligado a Jean Claude Bastos de Morais e ao ex-presidente do Fundo Soberano de Angola, José Filomeno “Zenu” dos Santos, registou perdas líquidas na ordem de 515 milhões de kwanzas, no exercício económico de 2019.