O Presidente do MPLA revelou esta quinta-feira, em Luanda, que o comportamento dos dirigentes do partido UNITA pode levar o país a um novo período de “estado de emergência”.
Discursando na abertura da IV sessão ordinária do Comité Central do MPLA, João Lourenço afirmou que os dirigentes da UNITA não respeitam o investimento que o País está a fazer no combate à pandemia, desde “hospitais de campanha” aos “materiais de biossegurança e laboratórios de biologia molecular”.
Segundo Lourenço, a actitude da UNITA nos últimos tempos, mostra que o ex-movimento rebelde pretende forçar negociações bilaterais a partir de uma situação de “ingovernabilidade do País”, isso “não é concretizável” no contexto político actual onde, lembrou João Lourenço, “as instituições democraticamente instituídas têm um funcionamento pleno”.
O General deixou ainda a garantia de que quaisquer tentativas de replicar o que se passou em Luanda nas restantes províncias, contará com a atenção das autoridades competentes que vão manter-se empenhadas em garantir a ordem pública.
Criticou a acção policial com um aviso às chefias nacionais da PN. “Aproveitamos esta oportunidade para lamentar as detenções de jornalistas devidamente credenciados e no pleno exercício das suas funções, situação que espero não voltar a acontecer”.
No mesmo discurso, o líder do MPLA pediu à juventude para não se deixar manipular por quem não pode resolver os seus problemas, deixando entender que apenas o seu Governo o pode fazer “na medida do possível” e com a colaboração da economia privada.
“A juventude tem responsabilidades para com o país e o país tem igualmente responsabilidade para com a juventude”, disse João Lourenço.