A UNITA questionou na sessão desta quinta-feira, 23, da Assembleia Nacional, onde se discute a proposta, na especialidade, do Orçamento Geral do Estado para o exercício económico de 2024, o destino dado as avultadas somas financeiras apreendidas na “Operação Caranguejo”.
Olívio Nkilumbo, deputado pela bancada parlamentar do partido do “Galo Negro”, questionou se os valores em causa foram de facto depositados na Conta Única do Tesouro, via Ministério das Finanças.
Segundo o site Correio da Kianda, a “Operação Caranguejo” despoletou-se com informações que davam conta também de existência de funcionários fantasmas na Casa Militar, em nome dos quais o dinheiro saia, do Cofre do Estado para o pagamento de salários.
A “Aperação Caranguejo”, que tem como arguido principal o antigo membro da Casa de Segurança do Presidente da República, o Major Pedro Lussati, detido desde Junho de 2021.
Apanhado na posse de milhões de dólares e kwanzas, e de algumas centenas de euros, em caixotes, malas e viaturas, bem como sendo protagonista de uma vida extravagante e estupidamente luxuosa, Lussati é o rosto visível de uma fraude tentacular de contornos ainda não totalmente esclarecidos.
No esquema terão sido desviados cerca de 62 milhões de dólares da Casa de Segurança do Presidente da República.