Sete bancos encerraram as portas nos últimos 10 anos em Angola, por razões diversas.
Tratam-se do BAI Micro Finanças (BMF) e o Banco Prestígio (BPG) de Tchizé dos Santos e Coréon Dú, encerrados em 2022, e aos bancos Kwanza Invest (BKI) do suíço-angolano Jean-Claude Bastos de Morais e o Banco Angolano de Negócios e Comércio (BANC) de Kundi Paihama, que fecharam as portas em 2021.
Também fazem parte da galeria o Banco Postal (2019) e o Banco Mais (2019), que viram ser-lhes retiradas as licenças por insuficiência de fundos próprios regulamentares e incumprimento dos mínimos de capital social.
O VTB, foi o último a fechar portas, afastando-se do sistema financeiro nacional com um activo avaliado em 137,0 mil milhões Kz, equivalente a insignificantes 1% dos activos totais da banca, quando comparado com os 23,6 biliões Kz contabilizados pelos 22 bancos em 2024.
Segundo o Expansão, as sanções impostas à Rússia dificultaram as operações das instituições financeiras russas espalhadas pelo mundo, já que muitas delas não conseguem fazer transferências em dólares ou em euros, o que, por um lado, acabou por dificultar também as operações do VTB em Angola, que estavam muito ligadas ao negócio dos diamantes, e isso reflectiu-se nos resultados líquidos do banco que acumulou prejuízos de 9,7 mil milhões Kz nos últimos três anos: 2022 (-6,5 mil milhões Kz), 2023 (-2,5 mil milhões Kz) e 2024 (- 670,3 milhões Kz).
O banco que tinha como accionistas o VTB Moscovo (50,1%) e Carlos Sumbula (49,9%) deixa o País depois de também o gigante dos diamantes Alrosa ter cedido as suas quotas da Sociedade Mineira de Catoca e da Sociedade Mineira do Luele a uma empresa de Omã. Entretanto, para “ocupar” a vaga do VTB, o BNA já atribuiu um registo a um banco omanita.