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Ruanda aceita acolher até 250 migrantes expulsos dos Estados Unidos

O Ruanda concluiu um acordo com Washington para acolher até 250 migrantes expulsos dos Estados Unidos, indicaram nesta segunda-feira fontes do governo de Kigali. Segundo estas mesmas fontes, o acordo já foi rubricado em Junho e os americanos já transmitiram uma lista contendo dez nomes aos seus parceiros ruandeses.

“O Ruanda chegou a um consenso com os Estados Unidos para aceitar até 250 migrantes, em parte porque quase todas as famílias ruandesas conheceram as dificuldades do deslocamento e que os valores da sociedade ruandesa baseiam-se na reintegração e reabilitação”, disse a porta-voz do governo ruandês, Yolande Makolo, ressalvando contudo que Kigali conserva o direito de recusar a entrada no seu território de qualquer pessoa expulsa pelos Estados Unidos.

“As pessoas cuja entrada for aceite, vão beneficiar de uma formação profissional, cuidados de saúde e apoio ao alojamento para recomeçar a sua vida no Ruanda”, indicou ainda a porta-voz do governo de Kigali.

Nem a Casa Branca, nem o departamento de Estado americano se expressaram até ao momento sobre este acordo.

Refira-se contudo, que no âmbito da sua luta activa contra a imigração ilegal no seu país e apesar de diversas críticas dos activistas dos Direitos Humanos, o Presidente Trump tem estabelecido uma série de acordos com países terceiros para acelerar o processo de deportação dos clandestinos. Washington escolheu em particular expulsar os migrantes para países em situação precária, como o Sudão do Sul que já acolheu no mês passado 8 migrantes, ou ainda o Essuatíni que acolheu igualmente em meados de Julho 5 homens apresentados pela administração Trump como sendo “criminosos”.

Recorde-se por outro lado que em 2022, Kigali já tinha estabelecido um acordo desta natureza com a Grã-Bretanha, tendo recebido neste âmbito o equivalente de 280 milhões de Euros de compensação. Contudo, este acordo assinado com o então primeiro-ministro Boris Johnson foi considerado ilegal pela justiça de Londres e foi definitivamente abandonado com a chegada de Keir Starmer a Downing Street no ano passado.

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