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Protestos no Quénia contra aumento do custo de vida foram proíbidos

As autoridades do Quéniaaumentaram esta segunda-feira o dispositivo de segurança e proibiram manifestações, após mais um apelo da oposição à participação nos protestos semanais contra a subida do custo de vida.

Os efetivos da força antimotim estão esta segunda-feira posicionados em pontos estratégicos da cidade de Nairobi, a patrulhar as ruas da capital do Quénia onde a maior parte dos estabelecimentos comerciais se mantêm encerrados.

As ligações ferroviárias entre a periferia e o centro financeiro da cidade encontram-se suspensas.

No domingo, o líder da oposição, Raila Odinga, reiterou o apelo às manifestações contra os efeitos da inflação e que devem realizar-se duas vezes por semana: segundas-feiras e quintas-feiras.

Odinga, derrotado por William Ruto nas últimas presidenciais, em agosto de 2022, disse que esta segunda-feira se vai realizar a “mãe de todas as manifestações.

Há oito dias, os protestos terminaram em confrontos entre manifestantes e a polícia em várias zonas de Nairobi.

Na última manifestação, um estudante foi morto a tiro pela polícia e 31 agentes ficaram feridos nos confrontos registados na capital e outras cidades do Quénia.

Mais de 200 pessoas foram detidas, entre as quais altos responsáveis políticos da oposição, tendo a marcha onde se encontrava Odinga sido alvo das granadas de gás lacrimogéneo e dos canhões de água da polícia.

Tratou-se do primeiro confronto violento depois de William Ruto ter assumido funções como Presidente do Quénia.

Ruto que se encontra na Europa pediu esta segunda-feira à oposição para desistir das manifestações de protesto.

A inflação no país atingiu os 9,2% em fevereiro, de acordo com os dados do Governo, e numa altura em que a seca está a afetar de forma grave a produção agrícola do país.

Entretanto, o organismo que regula a energia anunciou aumentos no preço da eletricidade a partir de abril, apesar das garantias do Chefe de Estado que afirmou em janeiro que não se iriam verificar subidas nos preços da energia elétrica.

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