A polícia nacional e os organizadores da marcha marcada para sábado, 12 de Julho, não chegaram a acordo em relação ao percurso.
A organização pretende sair do Mercado de São Paulo até à Assembleia Nacional, mas as autoridades sugerem a rota do Largo do Cemitério da Santa Ana ao Largo das Escolas, para supostamente se acautelar possíveis distúrbios.
O porta-voz da manifestação, Adilson Manuel, discorda da medida e assegura que foram cumpridos todos os mecanismos legais para o êxito da marcha.
“Nós não concordamos com aquilo que foi a sugestão da polícia, no caso da mudança de rota do São Paulo para o Santa Ana. Mantermos então assim o mercado de São Paulo, a fim de podermos marchar lá, onde está, aliás, como ponto que está plasmado no nosso documento que remetemos a esses órgãos”, esclareceu o activista.
Segundo o jovem organizador, nesta quinta-feira o Governo de Luanda aceitou a realização da manifestação, informando que compete à polícia garantir a respectiva segurança.
“Entretanto, nós no mesmo dia de ontem, no período da tarde, recebemos o ofício da resposta do governo provincial, que não encontrou irregularidades naquilo que é o processo da manifestação, pura e simplesmente aconselhou-nos a ter com a polícia, a fim de poder ver então a questão do asseguramento da manifestação e que as ameaças que ontem foram proferidas pelo senhor comandante da província de Luanda possam, realmente, não serem materializadas”, informou Adilson Manuel.
A organização insta as autoridades da província a primarem também pela legalidade, já que foram cumpridos todos os requisitos para que a manifestação decorra de forma tranquila, apesar das intimidações da polícia nacional.