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Oferta pública do BFA com custos de mais de três milhões de dólares em assessoria

Banco Fomento Angola (BFA) avança esta semana para a bolsa. A Unitel e o BPI irão vender cerca de 30% do capital da instituição financeira naquele que será o maior IPO do mercado de capitais de Luanda e através do qual os dois acionistas deverão encaixar mais de 200 milhões de euros.

A operação irá ter um custo de três milhões. Esta sexta-feira marca o lançamento da oferta de quase 4,5 milhões de ações do BFA, representando 29,75% do capital do banco, sendo que o processo decorrerá até ao final do mês — 30 de setembro é o dia previsto para as ações do banco começarem a negociar na bolsa de Luanda.

Cada título será vendido entre os 38,68 euros e os 46,13 euros (41.500 kwanzas e 49.500 kwanzas), de acordo com o prospeto que já foi aprovado pelo regulador angolano. São valores ainda indicativos, pois o preço final será fixado a 26 de setembro, depois de findo o período da oferta (dia 25), e dependerá do interesse dos investidores em geral – um lote de 2% das ações está reservado para os trabalhadores do banco, mas não contará para a fixação do preço.

Perante os valores de referência, isto significa que o BPI, que detém 48,1% do banco, poderá ter um encaixe entre os 85,6 milhões e os 102 milhões de euros com a alienação de uma participação de 14,75%.

Já o Estado angolano, através da operadora de telecomunicações Unitel, receberá entre 87 milhões e 103,8 milhões de euros por 15% das ações do banco que detém uma quota de mercado de perto de 30% e cuja venda se insere no plano de privatizações.

Contas feitas, em caso de colocação completa, o montante máximo da oferta é de 206,8 milhões de euros em termos brutos, isto é, sem incluir os encargos com intermediários financeiros e impostos e que ascenderão a aproximadamente três milhões de euros.

Para esta operação foram contratados quase duas dezenas de bancos de investimento e assessores financeiros que irão ajudar na colocação das ações junto dos investidores.

O prospeto do IPO frisa que a oferta não é objeto de tomada firme – como sucede noutras operações de entrada em bolsa em que os bancos de investimento asseguram a compra de ações em caso de falta de interessados — ou de garantia de colocação.

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