Em DestaqueEm Foco

O que disse João Lourenço na ONU?

O Presidentes de Angola discursou terça-feira, na Assembleia-Geral da ONU. João Lourenço destacou papel de Angola na resolução de conflitos.

Após a participação do Vietname, foi a vez do Presidente de Angola subir ao palco da Assembleia da ONU. Lourenço começou por convidar os presentes a refletir sobre o verdadeiro significado de renovar o multilateralismo.

As potências mundiais que anteriormente desempenharam um papel crucial na libertação da Europa e dos europeus das garras do nazismo e do fascismo e na libertação de África e dos africanos do regime de apartheid da África do Sul, não podem agir de forma diferente “atacando outros países, invadindo e anexando territórios estrangeiros, ou mesmo financiando e organizando revoltas que podem levar à derrubada de governos legítimos, como testemunhamos atualmente no nosso próprio continente”, afirmou.

“Com um precedente tão perigoso, nenhuma instituição regional, continental ou global terá doravante a autoridade moral para chamar à ordem qualquer Estado que viole os princípios consagrados na Carta das Nações Unidas e no direito internacional”, declarou.

O Presidente de Angola abordou os conflitos que assolam o mundo atual, lembrou o papel de Angola na tentativa de resolução de conflitos no continente africano e apontou o dedo aos Estados-membros da ONU: “Angola tem trabalhado para resolver conflitos na região do Sahel, no Sudão e no leste da República Democrática do Congo. Este último conflito e muitos outros são, em grande parte, consequência da passividade dos Estados-Membros perante invasões de territórios de terceiros e interferências na ordem interna de países soberanos.”

No encerramento do seu discurso, João Lourenço apoiou a reforma do Conselho de Segurança da ONU, em consonância com a posição comum africana consagrada no Consenso de Ezulwini e na Declaração de Sirte, adotada há vinte anos. Essa proposta prevê dois assentos permanentes e cinco assentos não permanentes para a África num Conselho alargado – um Conselho mais representativo e alinhado com a realidade geopolítica contemporânea.

O Presidente angolano afirmou ainda que sem este passo, não será possível garantir um Conselho de Segurança mais democrático e equilibrado na ONU.

Deixe Uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Artigos Relacionados