A prestação de mau serviço parece já fazer parte do DNA das “nossas” instituições financeiras, por isso já não haver solução.
Ao que tudo indica, a cultura é: “já somos mesmo assim (estou a evitar de propósito o adjectivo, com muita dor), vamos continuar, aceita quem quiser ou vai para outro banco, que será a mesma coisa ou pior”; tal é a recorrência e gravidade dos erros que cometem, alguns com consequência que podem afectar a saúde e reputação do cliente, como o que está a acontecer comigo mais está vez.
Encontro-me no Dubai, Emirados Árabes Unidos, desde o dia 30/11 último, onde vim a convite da Organização das Nações Unidas(ONU), através da Aliança Internacional da Deficiência(IDA), para participar da COP 28, em representação de organizações dos direitos das pessoas com deficiência dos PALOP, e aqui permanecerei até ao dia 07/12/2023.
Antes de viajar, contactei o BAI e pedi explicações sobre o estado de funcionamento do Cartão Visa Kamba”BAI KAMBA”, que já tenho há mais de um(1) ano. A informação que recebi foi que o serviço funcionava lindamente, como no mundo mais desenvolvido, que podia carregar o cartão e viajar à vontade. Fi-lo e simplesmente bati com o rosto à parede, como se diz na gíria, pelo que estou arrependidíssimo.
Devia mas é trazer o meu pouquíssimo dinheiro no bolso, pois caberia muito bem num só, o que não fiz, porque fui previamente alertado da necessidade que haveria de fazer alguns pagamentos exclusivamente pelo Visa.
O facto é que, o “BAI Kamba”simplesmente não está funcionar, para fazer levantamento, nem pagamentos. Os ATM e TPA rejeitam, pura e simplesmente.
Já solicitei o banco em Angola e o que me disseram foi, que o meu cartão “está exposto”, o que configura uma tamanha brincadeira de muito péssimo gosto.
Ficou exposto quando, se eu questionei antes sobre o estado do cartão e o funcionamento do serviço?
No sábado, 02 de Dezembro, anteontem, enviei esta denúncia por e-mail para um decisor do banco e Cc apoio.cliente@bancobai.ao, como resposta enviaram-me, ontem, domingo, 3, um “Extrato integrado” da minha Conta Bancária, não sei para o quê, apenas não me serve em absolutamente nada.
A intenção, talvez, tenha sido intimidatória ou para brincar comigo.
Neste momento tenho necessidades de deslocações, do Hotel, ao International City, para o local do evento, à Expo City, um percurso longo, de fazer as refeições, que não estão cobertas no pagamento da hospedagem (almoço e jantar), bem como de fazer pagamentos de outos serviços, alguns dos quais obrigatórios.
Não estou no meu país, onde é possível recorrer a outra pessoa para pedir um valor emprestado. Isso aqui, no Dubai, é impossível, pelo contrário já estou a ser visto com suspeições, como sendo um “daqueles angolanos burlōes”.
Eu sou um cidadão honesto, em cuja conta bancária só tem depósitos ou transferências resultantes de trabalho honesto prestado numa única entidade empregadora. Pelo que, não tenho de ser afectado por medidas nenhumas, que visem conter a evasão financeira ou outras eventuais distorções.
Também não estou a pedir favores a ninguém, aliás dignos de privilégios são outros, com outros sobrenomes.
Senhores donos do BAI, do país ou sei lá de quê mais, desbloqueiem o meu cartão Visa Kamba, o qual devolverei logo que voltar à Angola, pois como ser humano e na minha condição física, não tenho como sobreviver fora do país nos próximos dias sem dinheiro.
Não vim cá para ficar debaixo da ponte a mendigar, comprometendo desse modo a minha saúde física, sendo que a mental já está comprometida pela situação que me criaram, e a reputação pessoal, pois até o risco de repatriamento já estou a correr.
Se eu fosse cidadão de um outro país, naquele, o que vim fazer seria tido como serviço relevante prestado ao país, além de servir à humanidade. Já que o propósito é chamar a atenção do mundo reunido cá e não só, para a necessidade, que se impõe, de atenção específica e adequada às pessoas com deficiência, nas situações de mudanças climáticas, guerras e/ou outras, que resultem em evacuações de emergências, atendimento a refugiados e outro tipo de atenção às pessoas.
Mas como o chip que ajuda a entender o conceito de serviços prestados à humanidade ainda não foi colocado em certas pessoas da minha terra, não espero tal reconhecimento, até porque não sou daqueles angolanos dignos de qualquer distinção(esses já andam escolhidos).
Mas o que é meu por direito tenho de usufruir, já que o ganhei honestamente.
Não se escudem na arrogância de, “fica assim, vamos ver o que vai fazer, aliás ele não tem onde se queixar”, como parece ser a causa de certos maltratos de que têm sido vítimas muitos clientes.
Preciso de comer, andar e pagar serviços, hoje, amanhã e nos outros dias, até ao dia 07.
Reitero: desbloqueiem o “meu”, aliás, vosso cartão Visa Bai Kamba!!!
Peço a quem tomar contacto com esse meu grito, que o repasse até cheguei aos donos do BAI, se calhar, também, do país, a julgar pela incorreção dos comportamentos indecorosos dos quais ficam impunes, apesar das não poucas denúncias já feitas.
Emirados Árabes Unidos, Dubai, 02 de Dezembro de 2023.
Subscrevo-me,
Adão Ramos Manuel
Cliente do BAI até voltar ao país
+244923300144(WhatsApp)