Emmanuel Macron iniciou a 1 de Março uma nova digressão africana que o levará a Libreville e depois a Luanda, Brazzaville e Kinshasa.
Uma maratona de quatro etapas em quatro dias durante a qual o presidente francês, que afirma ter lançado as bases “para um outro caminho”, vai se defrontar com vários temas políticos delicados.
Segundo à Jeune Afrique, Emmanuel Macron havia prometido “rearticular” a sua política africana.
O estadista finalmente escolheu dois dias antes de sua turnê – sua décima oitava no continente – para apresentar a nova “parceria” com a África. Em trinta e cinco minutos de discurso nesta segunda-feira, 27 de fevereiro, o presidente francês se concentrou primeiro em defender seu histórico no continente desde sua eleição em 2017.
Referiu assim os muitos projectos que afirma ter iniciado sobre diversos temas como o da memória no Ruanda, nos Camarões ou na Argélia, ou o do franco CFA, enquanto procurava traçar os contornos de um novo “ciclo para a sua política africana a um nível momento em que o sentimento anti-francês continua a ganhar terreno em vários países do continente.
O Presidente francês, tem insistido na vontade de desenvolver parcerias em áreas que vão do ambiente à agricultura, da juventude e educação à saúde.
Macron, que disse querer acabar com “a preeminência dos militares e da segurança”, quer sobretudo virar a página sobre os múltiplos reveses sofridos no Sahel, onde os militares foram empurrados para a saída.
Emmanuel Macron, que no início do seu mandato manifestou a vontade de se afastar das tradicionais zonas de influência francesa no continente, assegurou no seu discurso que não tinha “nenhuma nostalgia da Françafrique” e queria fazer da França um “país que prefere instituições sólidas a homens providenciais”.