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Nobel da Paz 2025: quem é María Corina Machado, a líder venezuelana que levou o prémio

Comité Norueguês do Nobel divulgou, nesta sexta-feira, em Osloa personalidade mundial eleita para receber o Nobel da Paz em 2025.

Trata-se da líder política María Corina Machado, que foi escolhida “pelo seu trabalho incansável na promoção dos direitos democráticos do povo da Venezuela e pela sua luta para alcançar uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia”, como informa o site oficial do prémio.

Em comunicado oficial sobre a escolha, o Instituto do Nobel afirma que María Corina “foi forçada a viver na clandestinidade” desde o ano passado, e que “apesar das graves ameaças contra a sua vida, ela permaneceu no país, uma escolha que inspirou milhões de pessoas”. 

O Nobel destacou o seu papel em unir as forças de oposição na Venezuela, país que desde 2012 está sob comando de Nicolás Maduro: “Ela nunca vacilou em resistir à militarização da sociedade venezuelana e tem sido firme em seu apoio a uma transição pacífica para a democracia”, afirma. 

líder venezuelana de 58 anos ganhou destaque em 2024 por ocasião das eleições presidenciais no país. María Corina se tornou o nome forte de oposição ao governo de Nicolás Maduro, e a primeira pessoa em muitos anos com real chance de vencer na eleição no voto popular, explica um artigo da National Geographic Espanha sobre o tema.

“No entanto, a sua candidatura foi invalidada pelo regime de Nicolás Maduro antes da realização das eleições”, continua a fonte. “Apesar disso, Machado impulsionou uma estratégia inéditaunir a oposição sob uma mesma voz, articulando um movimento cívico que transcendeu partidos e fronteiras”, continua.

Segundo informa a BBC britânica, a equipa de imprensa da política enviou um vídeo à agência de notícias AFP nesta sexta, por ocasião da notícia, no qual María Corina se diz bastante surpresa com o reconhecimento: “Estou em choque”, disse na mensagem. 

Actualmente, Corina vive escondida e “trabalha clandestinamente há aproximadamente um ano, devido à repressão de Maduro após as últimas eleições”, explica NatGeo Espanha. “O reconhecimento do Comité Norueguês chega, assim, não apenas pela sua luta política, mas pela sua capacidade de transformar a resistência em um projeto coletivo de esperança”. 

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