Margareth Nanga é uma das novas juízas do Tribunal Constitucional em Angola. Indicada para o cargo pela UNITA, o maior partido da oposição, poderá fazer a diferença num órgão acusado frequentemente de parcialidade?
A jurista, de 53 anos de idade, leciona as cadeiras de Direito Constitucional e Direitos Reais, na Faculdade de Direito da Universidade Católica de Angola (UCAN), onde é também coordenadora executiva adjunta dos cursos de mestrado em Direito Público.
Nanga foi indicada pelo maior partido da oposição, a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA). Com base nos resultados das eleições de 2022, os dois maiores partidos angolanos, o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) e a UNITA, podem indicar um juiz cada para o Tribunal Constitucional.
Até 2014, Margareth Nanga, atinga jornalista, era uma das vozes mais acompanhadas na Rádio Eclésia. “Foi sempre uma pessoa muito cordata, muito observadora, comunicativa, e incentivava os colegas, os caloiros que chegavam à rádio, tal como eu”, recorda o jornalista Silvano da Silva, que partilhou a redação com Margareth Nanga durante vários anos.
“Quando cheguei à Rádio Eclésia, já encontrei a redação composta e uma das pessoas que nos recebeu, na altura, entre várias pessoas, foi a colega Margareth Nanga”, conta ainda à DW.