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Manuel Couto Alves: O magnata português que factura milhões com as centrais fotovoltaicas em Angola

Aos 55 anos,  Manuel Couto Alves, administrador do grupo MCA, é conhecido não pelos milhares de obras que já construiu mundo fora mas pelos milhões de euros que pagou  a Tatyana Franchuck, uma ex-modelo ucraniana com quem casou em 2009.

Manuel Couto Alves começou a sua atividade profissional com uma empresa de construção civil, seguindo as pisadas do pai, mas rapidamente entrou em outras áreas de negócio, como a energia, a exploração de pedreiras, máquinas e a concessão de marinas.

Segundo à revista visão, no total, o grupo MCA, fundado em 1998, tem empresas em sete países – Portugal, Angola, Alemanha, Espanha, Moçambique, Guiné Conacri e Argélia – e emprega mais de 2 mil colaboradores.

Apesar da dimensão do grupo, Couto Alves passava ‘despercebido’ até a sua mulher dizer que queria 130 milhões de euros para se divorciar dele.

Uma quantia que transformou a separação do empresário de construção civil no mais caro divórcio já realizado em Portugal.

Possui casa em Angola e em quase todos os países onde tem negócios.  É dono de um iate amarado em Palma de Maiorca e tem “um barco mais pequeno” na Marina de Gaia. A casa de família é, oficialmente, na Foz do Porto, relativamente perto do local onde vivem a primeira mulher do empresário e a sua única filha, para quem construiu um centro hípico em Leça da Palmeira.

Couto Alves é ainda proprietário de casas na Quinta do Lago, no Algarve, em Guimarães e é proprietário da Douro Marina, em Vila Nova de Gaia, com capacidade para albergar 300 barcos.

Ajuste directo milionário

Há um ano o empresário foi notícia pelo  ajuste directo com montante mais elevado desde que João Lourenço está à frente dos destinos do País.

De acordo com o Novo Jornal, o mesmo vale mais de mil milhões de euros para a empreitada de obras públicas do projecto de engenharia, fornecimento, supervisão, construção e teste de sistemas híbridos de geração fotovoltaica com sistema de armazenamento de baterias de ião-lítio e a expansão da rede eléctrica com novas redes de distribuição, num total de 60 comunas, nas províncias de Malanje, Bié, Moxico, Lunda-Norte e Lunda-Sul.

No despacho presidencial 83/21, o Chefe de Estado autorizava o ministro da Energia e Águas a assinar o acordo para a elaboração de estudos de viabilidade técnica, económica, financeira e ambiental, necessários para a electrificação de um total de 61 comunas, considerando que o Grupo MCA já tinha elaborado os estudos prévios.

“Havendo necessidade da celebração de um memorando de entendimento para a elaboração de estudos de viabilidade técnica, ambiental, legal e financeira para a electrificação das províncias de Malanje, Bié, Moxico, Lunda-Norte e Lunda Sul, através de sistemas híbridos de geração fotovoltaica, bem como assegurar o respectivo financiamento do projecto”, o Presidente da República determina a celebração deste memorando de entendimento, lê-se no documento de 2021.

Casa no Mussulo

Em Angola onde detém importantes contratos, o empresário é acusado de ter oferecido ao Ministro da Energia e Águas,  uma casa na Ilha do Mussulo.

De acordo com um “assessement” que o Club-K teve acesso, “as investigações que estão a ser realizadas em Portugal pela Polícia Judiciária e pelo Ministério Público português às relações existentes entre o Ministro João Baptista Borges e várias empresas angolanas e portuguesas, permitiram segundo a TVI, descobrir que as empresas M. Couto Alves Vias, S.A. e M. Couto Alves, S.A., pertencentes ao MCA Group, a quem foram adjudicados sem qualquer concurso público pelo MINEA, entre outros, contratos para execução de projectos de painéis solares, no valor de cerca de € 550.000.000,00 euros – Despacho Presidencial 19/20, estão sob investigação devido ao facto de aparentemente terem oferecido ao Ministro, no Mussulo, uma luxuosa casa com rés-do-chão e primeiro andar.”

Segundo a mesma fonte (assessement), “a fiscalização da construção da casa, em zona privilegiada, junto ao mar, na paradisíaca Ilha do Mussulo esteve a cargo de outra empresa que habitualmente costuma ser contratada, sem qualquer concurso público, pelo MINEA para a fiscalização de obras públicas, a DAR Angola – Consultoria, Lda., pertencente ao grupo libanês DAR Handasah Consultants (Shair & Partner) E.C.”

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