Depois de anunciar o acordo de venda à Jerónimo Martins Agroalimentar da sua unidade dedicada ao setor hortofrutícola, a Nuvigroup deixou claro o objetivo por detrás: focar-se “nos negócios onde detém maior vantagem competitiva e potencial de crescimento: a indústria de bebidas (Grupo Refriango) e o retalho alimentar (Supermercados Arreiou)”.
Segundo avança o Negócios, a “holding” que agrega os investimentos de Luís Vicente, na indústria, retalho e agroindústria, tem mais ativos que procura alienar, desta feita, em Angola, estando em curso pelo menos três processos para o efeito.
“Estamos à procura de parceiros para uma fazenda de milho, com 5.000 hectares e também de interessados numa empresa de ‘catering’, também em Angola.
Depois, dentro da indústria, além das bebidas, temos outra, com fábrica, de detergentes e produtos de higiene pessoal”, detalha Diogo Caldas, administrador executivo do Nuvigroup.
Este reposicionamento – segundo a “holding” – “dá início a um novo ciclo de crescimento, sustentado por investimentos em curso e planos de expansão internacional” que passam pelo reforço da sua presença industrial através da Refriango – empresa de bebidas líder em Angola com marcas de referência e parcerias globais — que “está a expandir-se para novos mercados, e prepara a duplicação da sua rede de retalho alimentar, de 200 para 400 lojas”.
Essa expansão passa, desde logo, pela aposta na República Democrática do Congo, onde a Refriango vai começar “este mês” a produzir na nova fábrica que ergueu na capital, Kinshasa, fruto de “um investimento de 100 milhões de dólares”.