Blog

Líder do grupo Wagner reaparece em vídeo e insinua que voltou a África

“O grupo Wagner faz a Rússia ainda maior em todos os continentes e faz com que África seja ainda mais livre”, afirmou Prigozhin numa gravação difundida em canais do Telegram afetos à milícia russa.

No vídeo, Prigozhin não afirma explicitamente que se encontra em África, mas surge numa paisagem que parece a savana africana e assegura que a temperatura em seu redor é de 50 graus.

“Justiça e felicidade para os povos africanos”, proclama o líder do Wagner na mensagem, onde garante que o seu grupo paramilitar é o “pesadelo” do Estado Islâmico, da Al Qaeda “e outros bandidos”.

O mercenário afirma, ainda, que o grupo continua a recrutar “autênticos heróis” e a “cumprir as tarefas encomendadas”, sem adiantar quem as pede.

No entanto, assegura que “quando a pátria o pedir”, os elementos do grupo, que era recentemente a principal força de ataque da Rússia na Ucrânia, voltarão a criar uma “unidade nacional” para defender os interesses do país.

Além disso, Prigozhin acrescentou que o grupo prossegue as suas atividades em África e na Bielorrússia, país para onde se mudou após a rebelião armada falhada contra o Kremlin, em junho.

O grupo Wagner é tido por analistas como o braço armado russo oficioso no continente negro, sobretudo no Sahel. Está presente como força mercenária em países como o Mali e a República Centro Africana, contratada pelos respetivos governos.

Existem receios de que o próprio país a contratar os serviços dos Wagner seja o Níger, depois do golpe de estado militar de 26 de julho, naquele país.

Dias antes desse golpe, a 19 de julho, Yevgueni Prigozhin tinha sido identificado como um dos homens a falar às tropas Wagner estacionadas na Bielorrússia depois da invasão do território russo.

Na altura, essa mesma pessoa, cuja identidade nunca chegou a ser oficialmente confirmada, mencionou a África como destino futuro das operações do grupo mercenário.

“Devemos preparar-nos, melhorarmos e iniciar uma nova viagem para África”, referiu então o alegado Prigozhin. “Talvez regressemos [à Ucrânia] quando estivermos confiantes de que não nos irão pedir para nos envergonharmos e à nossa experiência”.

Desde a revolta contra Moscovo, Prigozhin tem sido um fantasma. O que lhe sucedeu depois da rebelião de junho é causa para rumores. O líder Wagner tinha sido filmado oficialmente pela última vez em junho na cidade russa de Rostov, horas depois do seu grupo ter tomado a cidade quase sem ter sido disparado um tiro.

Deixe Uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Artigos Relacionados