O futebol brasileiro sempre chamou a atenção do mercado internacional, em especial pela qualidade dos atletas formados neste país.
Porém, desde os anos 1950, quando Pelé começou a se destacar e mudou a história da modalidade, muita coisa mudou até hoje – e deve mudar ainda mais.
Empresas de entretenimento como a Roc Nation, fundada pelo rapper e empresário Jay-Z – e , como se não bastasse, marido de Beyoncé –, começaram a olhar para o mercado brasileiro, de outra maneira e se mostram dispostas a investir no que veem.
Não por acaso, há pouco mais de um mês a empresa comprou a agência brasileira TFM Agency, que representa diversos atletas de renome, como Vinícius Júnior, jogador do Real Madrid.
“Eu acredito que a chegada da Roc Nation reflete a entrada dos americanos no desporto em geral. Hoje, clubes de todas as ligas europeias estão sendo adquiridos por grupos de investidores americanos e isso mostra o valor do futebol com entretenimento e conteúdo, que no fim é o que eles procuram”, afirma Frederico Pena, CEO da ex-TFM Agency, que agora se chama Roc Nation Sports Brazil.
Na visão de Pena, o que prende as pessoas ao desporto hoje em dia não é só o placar e o campeonato em si, mas também o entretenimento “premium” que aquilo proporciona, desde a transmissão ao vivo, até tudo que aquele clube ou atleta trazem de valor.
O CEO compara a perspectiva do futebol com a da Fórmula 1, que viu o seu público mudar após o lançamento da série dos bastidores do desporto “Drive To Survive”, produzida pela Netflix.
Com a mudança da legislação, na qual os clubes agora podem se tornar SAFs (Sociedade Anônima do Futebol), muitos fundos norte-americanos estão a adquirir vários clubes brasileiros.