Duas empresas que foram vandalizadas na sequência dos tumultos registados em Julho já tiveram acesso ao apoio financeiro do Banco de Poupança e Crédito (BPC), instituição financeira pública escolhida pelo Estado para operacionalizar a linha de crédito disponibilizada pelo Governo para apoiar as empresas vandalizadas e pilhadas.
A informação foi avançada esta Segunda-feira pelo administrador executivo do BPC, Luís Duarte, à margem de uma reunião de esclarecimento com responsáveis da instituição financeira pública, empresários, bem como representantes da Procuradoria-Geral da República, dos Serviços de Investigação Criminal e da Polícia Nacional.
Até ao momento, segundo o administrador, seis pedidos de financiamento para empresas vandalizadas foram aprovados pelo BPC, tendo dois já recebido os montantes acordados.
Sem adiantar o montante disponibilizado, Luís Duarte informou que o banco se encontra a analisar outros 98 processos para o adequado tratamento.
Em relação às outras empresas com os processos já aprovados, mas que ainda não receberam o financiamento, o responsável, citado pela Angop, explicou que estes estão a dar cumprimento aos procedimentos contratuais para esse efeito.
Falando à imprensa, o responsável disse ainda que actualmente o BPC está a fazer uma avaliação rigorosa dos processos, sabendo que só tem 20 dias para responder aos pedidos. “Neste momento, o banco está a avaliar os processos de uma forma rigorosa, pois estamos conscientes que, em virtude da lei, temos pela frente apenas 20 dias para dar resposta às solicitações”, afirmou o administrador.
Deixando a ressalva de que apenas receberão resposta favorável as empresas que atenderem às exigências da instituição bancária, Luís Duarte mencionou que, actualmente, a entidade bancária se encontra a realizar o desembolso conforme as finalidades de cada operação, isto é, o montante aprovado difere do carregado, escreve a Angop.
Recorde-se que no início do mês passado, o Governo anunciou a disponibilização de uma linha de crédito de 50 mil milhões de kwanzas destinada ao apoio das empresas vandalizadas e pilhadas durante os tumultos decorridos no final de Julho.