O MTN Group da África do Sul anunciou que está sob investigação do Departamento de Justiça dos EUA por conda das suas atividades no Irão e operações passadas no Afeganistão, numa altura em que as relacções entre Pretória e Washington estão em baixa.
Segundo à Jeune Afrique, a Operadora líder no continente africano com quase 300 milhões de assinantes, já está enfrenta processos na África do Sul pela Turkcell, que a acusa de ter vencido o contrato iraniano por meio de corrupção.
Em 2006, a MTN foi preferida à empresa turca para se tornar accionista minoritária de 49% da Irancell.
Desde 2021, a operadora pan-africana vem se desvinculando gradualmente doa seus activos no Médio Oriente, em particular para reduzir a sua exposição e riscos. Deixou o Iêmen em 2021 e vendeu a sua subsidiária afegã no final de 2022.
A multinacional sul-africana também está a ser processada nos Estados Unidos por veteranos americanos feridos no Iraque e no Afeganistão, bem como parentes de soldados mortos, sob a Lei Antiterrorismo (ATA). “Os requerentes apresentaram uma queixa alterada em 6 de agosto de 2025”, disse a MTN, garantindo que “conduz as suas actividades com responsabilidade e em conformidade com a lei em todas as jurisdições onde opera”.
A África do Sul tem sido um alvo recorrente do presidente dos EUA, Donald Trump, e seu governo por suposta perseguição a agricultores brancos descendentes dos primeiros colonos europeus, bem como a sua alegação de genocídio contra Israel no Tribunal Internacional de Justiça pela guerra em Gaza.
Pretória também é atingida com tarifas de 30% sobre a maior parte das suas exportações para os Estados Unidos, a taxa mais alta da África Subsaariana. A operadora liderada por Ralph Mupita registrou um primeiro semestre confortável com receita de mais de R105 bilhões (cerca de € 5,1 bilhões) de serviços, um aumento de 22,4% a taxas de câmbio constantes, para um EBITDA de R46,6 bilhões (+42,3%).
AFP