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Dangote defende criação de centro de refinação africano para reduzir dependência do petróleo importado

O CEO do Grupo Dangote destacou a importância urgente de África criar um centro regional de refinação, aproveitando suas vastas reservas de petróleo para diminuir a dependência de produtos petrolíferos importados.

Apesar de produzir cerca de 07 MBPD, o continente refina menos de metade do seu consumo interno de combustível e importa mais de 120 milhões de toneladas de produtos petrolíferos refinados por ano, o que representa uma perda significativa de oportunidades económicas.

Vários desafios limitam a capacidade de refinação em África, como dificuldades técnicas, acesso a matérias-primas, problemas logísticos e normas de combustível fragmentadas. Além disso, a entrada de produtos baratos e de baixa qualidade prejudica os produtores locais, gerando concorrência desleal.

Para resolver estas questões, é necessário um alinhamento coordenado das políticas, uma cooperação regional mais forte e um compromisso político firme. Um obstáculo particular é a existência de mercados flutuantes de combustíveis offshore, que perturbam o aparecimento de refinarias locais. Apesar destes obstáculos, existe optimismo dado o sucesso de alguns projectos locais que se tornaram exportadores líquidos de produtos refinados e petroquímicos.

As reformas regulatórias transformaram o sector energético em partes da África, com supervisão reforçada, compliance digital e investimentos em refinarias modulares, aumentando eficiência, reduzindo contrabando e ampliando o uso de combustíveis limpos como o Gás Natural Comprimido. A liderança estável e parcerias para maior transparência e análise de dados são essenciais para o progresso contínuo.

Dangote sublinhou a importância da colaboração e de políticas viradas para o futuro para enfrentar as incertezas globais, os desafios da cadeia de abastecimento e as pressões climáticas. A manutenção da integridade e da liderança das instituições reguladoras é vista como essencial para manter a dinâmica da reforma e promover um sector energético resiliente.

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