O Banco de Poupança e Crédito (BPC), escolhido para operacionalizar o crédito de 50 mil milhões de Kwanzas destinado às empresas que sofreram danos nos tumultos dos dias 28, 29 e 30 de Julho último, afirma que, por se tratar de um caso inédito, o processo encerra algum grau de complexidade.
José Matoso, director de Marketing do BPC, explica que se trata de uma “situação emergencial”, que não contempla alguns critérios usados nas operações normais, sob pena de impactar naquilo que é o prazo de 20 dias estipulado no Decreto Presidencial para cada operação.
“É um processo que tem um certo grau de complexidade porque é novo, é algo que o banco nunca fez. Apesar de fazer parte das atribuições de uma instituição financeira bancária a contratação, a disponibilização de serviços de crédito, a disponibilização de serviços de pagamentos sobre estrangeiros; nestes modos, nunca foi feito”, observa.
José Matoso explica, em declarações à imprensa, que, para se habilitar ao crédito que começou a ser operacionalizado nesta segunda-feira, 11, as empresas devem apresentar, entre outras condições, uma declaração de prejuízo, uma declaração de pagamento de salários e situação fiscal regularizada.
O Executivo disponibilizou uma linha de financiamento de 50 mil milhões de Kwanzas para apoio às empresas afectadas pelos tumultos de final de Julho último nas províncias de Luanda, Huambo, Icolo e Bengo, Huíla e Malanje, durante a greve convocada pelos manifestantes.
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