Dez anos após ter deixado Fundo Soberano de Angola para liderar o Ministério das Finanças, o economista Armando Manuel está de volta ao organismo que gere actualmente uma carteira significativa de investimentos, distribuída gradualmente por várias indústrias e classes de activos.
Segundo despacho do Presidente da República João Manuel Gonçalves Lourenço, por conveniência de serviço, o Presidente da República deu por findo o mandato dos membros do Conselho de Administração do Fundo Soberano de Angola, tendo nomeado hoje, para o cargo de presidente do referido conselho, o antigo ministro das Finanças, Armando Manuel.
No documento, o Titular do Poder Executivo, além de Armando Manuel, passam a integrar o conselho as seguintes entidades: Alcides Horácio Frederico Safeca (Administrador Executivo); Gabriel Augusto da Silva (Administrador Executivo); Igor Ricardo de Pina Lima (Administrador Executivo); Rui Jorge Van-Dúnem Alves de Ceita (Administrador Executivo); Ismael Abraão Gaspar Martins (Administrador Não Executivo) e Pedro Sebastião Teta (Administrador Não Executivo).
Assim, e por determinação do Presidente João Lourenço, cessam funções: Carlos Alberto Lopes, Presidente do Conselho de Administração; Laura Alcântara Monteiro, Administradora Executiva e Pedro Sebastião Teta, Administrador Executivo;
Recorde-se que Armando Manuel foi o primeiro PCA do Fundo Soberano de Angola de 2010 e 2013, tendo sido substituído por José Filomeno dos Santos.
Foi Ministro das Finanças da República de Angola entre maio de 2013 e setembro de 2016. Durante seu mandato, liderou extensas reformas no sector público e fiscal. Na sua gestão conduziu proactivamente o processo de estabilidade macroeconômica com várias reformas estruturais, particularmente na época em que os preços globais do petróleo sofreram uma espiral descendente. Em 2014, Armando Manuel foi galardoado pelo The Banker como o Ministro das Finanças de África, fruto das reformas iniciadas no domínio das Finanças Públicas.
Em 2015, Armando Manuel liderou a equipa que emitiu o primeiro eurobond de Angola, na altura uma operação de sucesso, quer pela qualidade do processo de due diligence, do prospeto, dos roadshows, do nível de subscrição e da qualidade dos investidores com apetite nos títulos de Angola.