Em 2023, África recebeu 100 mil milhões de dólares em remessas, o que representou quase 6% do Produto Interno Bruto (PIB) do continente, de acordo com o Banco Mundial.
Esse valor superou tanto a APD (US$ 42 bilhões) quanto o IED (US$ 48 bilhões), destacando a importância das remessas para fortalecer a base económica dos países de baixa e média renda em todo o continente.
Envolver a diáspora é essencial, pois essas remessas geralmente são impulsionadas pelas fortes conexões que os migrantes mantêm com seus países de origem.
Segundo o Business Insider, apesar do papel significativo que as remessas da diáspora desempenham em muitas economias africanas, vários desafios contribuem para os baixos fluxos de remessas.
De acordo com a fonte, barreiras financeiras e questões regulatórias são grandes obstáculos, que muitas vezes reduzem a quantidade de dinheiro enviado de volta às famílias nos países africanos.
Essa redução pode ser indicativa de dificuldades econômicas, pois os altos custos de transferência de dinheiro e os sistemas ineficientes desencorajam tanto os migrantes quanto os potenciais investidores.
Enquanto Egito, Nigéria, Marrocos, Quênia e Gana lideram as remessas da diáspora, outras nações africanas lutam com fluxos mais baixos devido a desafios económicos, políticos e de infraestrutura. Altos custos de transação, sistemas financeiros instáveis e acesso limitado a serviços formais dificultam ainda mais as remessas, destacando a necessidade de reformas para impulsionar o desenvolvimento econômico.
De acordo com o Banco Mundial, os seguintes países registraram as remessas mais baixas durante o período em análise.
Países como República Centro-Africana, Chade, Guiné Equatorial, Eritreia e Líbia relataram fluxos de remessas zero em 2024, principalmente devido à instabilidade política, isolamento económico e populações menores da diáspora.
Em contraste, nações como Seychelles (US$ 11 milhões), Angola (US$ 12 milhões), Gabão (US$ 18 milhões), Namíbia (US$ 43 milhões) e República do Congo (US$ 44 milhões) têm entradas de remessas mais significativas.