20 anos de cadeia e o pagamento de uma multa de 100 milhões de francos CFA, o equivalente a 152 000 euros. Esta foi a sentença de um tribunal de Libreville contra os dois próximos do ex presidente destituído Ali Bongo.
Nenhum dos dois compareceu no tribunal, nem mesmo os respectivos advogados.
Noureddin Bongo, o filho, alegou à AFP, continuarem a não estar reunidas as condições para um julgamento justo e equitativo.
Na rede social X ele afirmou também nunca ter desviado dinheiro, denunciando uma sentença baseada nas afirmações de testemunhas sob coacção da junta militar e uma justiça às ordens do executivo.
Ele e a mãe, Sylvia Bongo, ex primeira dama, moram em Londres. Apesar terem sido presos após a sua captura na sequência do golpe de Estado de 30 de Agosto de 2023. Tinham apenas sido soltos após cerca de 20 meses de detenção, tendo sido autorizados a deixar o país em liberdade provisória.
Prossegue entretanto o julgamento até sexta-feira de outros dez ex colaboradores de Ali Bongo, sob acusações, nomeadamente de desvio de fundos.
Tanto Noureddin como Sylvia Bongo possuem, como Ali Bongo, também a nacionalidade francesa e apresentaram queixa perante a justiça deste país europeu pelas torturas que dizem ter sofrido no Gabão.
A família Bongo dirigiu o país durante 55 anos, primeiro com o pai, Omar, de 1967 a 2009, e depois, com o filho, Ali. O Gabão, na Africa central é rico em petróleo. A respectiva elite é frequemente acusada pela oposição de corrupção em larga escala e má gestão.
O general Oligui que se tornou oficialmente presidente a meados de Abril desmentiu qualquer tortura e prometeu que os próximos do ex presidente beneficiariam de um julgamento equitativo.








