Perfil

Quem é Valdir Cônego, o membro do MPLA expulso por desrespeito aos órgãos do partido dos Camaradas

Natural de Malanje, Valdir de Jesus do Sacramento Cônego nasceu a 9 de março de 1982. Tornou-se militante do MPLA a 25 de março de 2001.

Ao longo do seu percurso político, integrou o Comité Central do MPLA, o Comité Provincial de Luanda e a Comissão Executiva do Comité Municipal da Quissama.

No início deste ano, enviou uma carta oficial ao Presidente do MPLA e às estruturas internas, formalizando a sua candidatura à presidência do partido e à posição de cabeça de lista para as próximas eleições gerais em Angola.

Na comunicação enviada, destacou o seu compromisso com o partido e o país, afirmando:

“Venho por meio desta oficializar a minha pretensão de me candidatar à presidência do MPLA e a cabeça de lista candidato à Presidência da República de Angola.”

Em resposta, o Comité Central do MPLA decidiu, a 31 de março, suspender Valdir Cônego definitivamente como membro deste órgão.

No dia 31 de Outubro de 2021, o  MPLA, aprovou a sua expulsão  do Comité Central, “por ter incorrido em infrações graves, incumprimento de normas e desrespeito dos órgãos do partido”.

A deliberação da expulsão de Valdir Cónego,  foi aprovada durante a nona sessão ordinária do Comité Central, que decorreu em Luanda sob orientação do seu presidente, João Lourenço.

O Comité Central, nos termos dos estatutos do MPLA e do regulamento da aplicação de sanções partidárias, “aprovou a resolução sobre a sanção disciplinar partidária de expulsão aplicada ao camarada Valdir de Jesus do Sacramento Cónego, por ter incorrido em infrações graves, incumprimento de normas e desrespeito aos órgãos do partido e a inobservância do código de ética partidária”, anunciou o secretário para Informação do MPLA, Esteves Hilário, no final de reunião.

Suspenso, anteriormente, do Comité Central, Cónego submeteu ao Tribunal Constitucional, em agosto passado, uma providência cautelar para a suspensão do líder desta organização política e Presidente de Angola, João Lourenço.

No documento em que solicitou a suspensão de João Lourenço da liderança do partido, o militante argumenta que endereçou uma carta à secretaria-geral do Comité Central do MPLA com conhecimento a todos os seus membros, como obrigam os estatutos, a pedir o agendamento de uma reunião extraordinária deste órgão “para a suspensão do presidente do MPLA”, mas 45 dias passados não obteve resposta.

“Vejo-me no direito de escrever para a veneranda juíza, Laurinda Cardoso, que dirige esta instituição de direito e que deu posse ao nosso líder do MPLA como Presidente da República de Angola, e sendo este tribunal que vela pelos partidos políticos no cumprimento e respeito dos seus estatutos e da Constituição da República, que autorize esta providência cautelar pelas razões que vão na carta em anexo a esta”, referiu na ocasião.

Segundo Valdir Cónego, “é notória a falta de capacidade e competência por parte do Presidente João Lourenço em gerir os destinos do país, causando impopularidade no seio do MPLA”.

O militante do MPLA sublinhou que “o país entrou no colapso social, onde a fome, a miséria e pobreza extrema assolam mais de 25 milhões de cidadãos angolanos”.

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