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Cabo Verde vai ao Mundial mas tem mais um adversário para fintar: Donald Trump

Cabo Verde vai ao Mundial, quer Trump queira ou não. A seleção africana conquistou esta segunda-feira o histórico apuramento para a prova mais importante do calendário da FIFA. Problema: o Mundial de 2026 vai ter lugar, além do México e Canadá, nos Estados Unidos, país cuja administração tem colocado sérias restrições na entrada de cidadãos de muitos países, entre os quais alguns lusófonos.

Quando assumiu o cargo, a 20 de janeiro, Donald Trump emitiu uma ordem executiva exigindo que o Departamento de Estado identificasse os países “para os quais as informações de verificação e triagem são tão deficientes que justificam uma suspensão parcial ou total da admissão de nacionais desses países”.

No quadro do aumento dos impedimentos à entrada de imigrantes ilegais nos Estados Unidos, a administração da Casa Branca elaborou uma lista de 43 países – cerca de 25% daqueles que têm lugar na ONU – cujos cidadãos enfrentarão dificuldades em viajarem para aquele país. Angola, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Guiné Equatorial são alguns desses países.

Angola, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Guiné Equatorial, quatro países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), surgem no grupo de nações às quais poderá vir a ser dado um prazo de 60 dias para corrigirem deficiências detetadas, sob pena de sofrerem restrições mais pesadas.

O Governo de Cabo Verde reagiu em março deste ano à inclusão do país na lista de nações cujos cidadãos poderão enfrentar restrições de entrada nos Estados Unidos, assegurando que “vai encetar diligências” junto das autoridades norte-americanas.

Num comunicado emitido ao início a meio de março e ao qual o Jornal Económico (JE) teve acesso, o Executivo liderado por Ulisses Correia e Silva diz, confrontado com o prazo de 60 dias para a correção de falhas na emissão de documentos, que “tomará todas as medidas necessárias para responder de forma eficaz a quaisquer questões levantadas”, enquanto “reafirma o seu compromisso com o estrito cumprimento das normas e regulamentos internacionais, nomeadamente os estipulados pelos Estados Unidos da América”.

O Governo sublinha, na mesma nota, que “existem preocupações que poderão ser sanadas em diálogo com as autoridades americanas” nesse prazo, dado que o país integra a categoria amarela da lista ao lado de outras 21 nações.

Jornal de Económico

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