O presidente de Madagáscar, Andry Rajoelina, afirmou no domingo que está em curso uma tentativa de golpe de Estado no país, depois de uma unidade de elite do exército, conhecida como CAPSAT, ter reivindicado o controlo das forças armadas.
O grupo apelou ao presidente para que se demitisse, na sequência dos protestos liderados por jovens contra o governo.
A declaração do gabinete de Rajoelina diz que o presidente “deseja informar a nação e a comunidade internacional que uma tentativa de tomar o poder ilegalmente e pela força” foi “iniciada”.
“Tendo em conta a extrema gravidade desta situação, o gabinete do presidente condena veementemente esta tentativa de desestabilização e apela a todas as forças da nação para se unirem em defesa da ordem constitucional e da soberania nacional”, lê-se.
O gabinete de Rajoelina não forneceu pormenores sobre quem estaria por detrás da tentativa, e não foram visíveis sinais de violência nas ruas no domingo.
A situação ocorre após três semanas dos protestos mais significativos da nação insular, e a unidade de elite CAPSAT alegou ter assumido o controlo das forças armadas.
No domingo, o ministro das Forças Armadas de Madagáscar, Manantsoa Deramasinjaka Rakotoarivelo, reconheceu como novo chefe do exército um oficial escolhido por um grupo militar que apoiava os manifestantes.
Rakotoarivelo assistiu à cerimónia no quartel-general do exército, onde o General Demosthene Pikulas foi nomeado Chefe do Estado-Maior do Exército.