Decepcionadas com a falta de eficácia da ruptura prometida por João Lourenço quando chegou ao poder em 2017, apenas 14% dos angolanos contam com o seu governo para contribuir para o desenvolvimentodo país, enquanto 52% afirmam, inversamente, não ter confiança nele para melhorar o seu destino colectivo, revelam as conclusões de um estudo sobre as elites africanas realizado pela Sagaci Research.
Segundo o estudo consultado pela Jeune Afrique, tal nível de pessimismo só se encontra noutras partes do continente, no outro gigante lusófono, Moçambique , onde apenas 22% dos inquiridos acreditam no seu governo e 45%, pelo contrário, não confiam.
De acordo com a fonte, os angolanos também são os campeões africanos da desconfiança no seu sistema político, com 63% dos entrevistados não considerando o seu país uma democracia, em comparação com 31% no continente.
O mesmo se aplica aos sistemas de educação e saúde: 59% e 70% dos angolanos entrevistados os desaprovam, respectivamente, um triste recorde duplo em África.