Transformação Digital e Inteligência Artificial (IA) na Gestão de Projectos: Como a IA está a redefinir a gestão de projectos’ foi o mote da apresentação de Sérgio Lopes, CEO da New Cognito, na Maratona de Gestão de Projectos 2025, considerada um dos maiores e mais inovadores eventos dedicados ao desenvolvimento de competências em gestão de projectos, inovação e liderança estratégicas em Angola, organizada pela Project Value. Durante a iniciativa, que se realizou em formato online no último sábado, 27 de Setembro, Sérgio Lopes defendeu que “a transformação digital e a inteligência artificial melhoram a gestão de projectos ao aumentar a eficiência, a precisão e a orientação para o valor”.
Começando por analisar o actual contexto e tendências da gestão de projectos, o CEO da New Cognito salientou a complexidade crescente da área, motivada por prazos mais apertados, orçamentos limitados e expectativas de qualidade mais elevada, bem como a transformação digital como estratégia, permitindo que as organizações se adaptem rapidamente às mudanças do mercado e melhorem a entrega de projectos.
O responsável considerou ainda que “adoptar inteligência artificial e automação na gestão de projectos é essencial para obter vantagem competitiva e eficiência”, realçando que a integração das normas PMI, ISO e NIST “impulsiona uma gestão de projectos eficiente, transparente e orientada por dados”.
Acerca do papel da IA na gestão de projectos, Sérgio Lopes explicou que a IA preditiva permite prever prazos, custos e riscos dos projectos com maior precisão, utilizando modelos estatísticos e de aprendizagem automática, ao passo que a IA prescritiva fornece recomendações para optimizar a alocação de recursos e o agendamento de projectos, aumentando a eficiência. Por sua vez, a IA generativa auxilia na análise de requisitos e na geração automática de relatórios, simplificando a documentação dos projectos.
O CEO da New Cognito abordou ainda as vantagens da utilização da IA na gestão de projectos, como: a eficiência aumentada, em que a automação e a integração de sistemas reduzem significativamente o tempo de planeamento e de elaboração de relatórios, aumentando a eficiência dos projectos; a melhoria na precisão das previsões, já que a IA melhora a precisão das previsões, minimizando desvios e aumentando a fiabilidade dos prazos e dos orçamentos; a escalabilidade na gestão de projectos, uma vez que as ferramentas digitais permitem gerir múltiplos projectos em simultâneo com menor esforço humano; e a promoção da inovação, resultado do surgimento de novos modelos de governação e de entrega de valor.
Ainda assim, advertiu que existem também algumas desvantagens e riscos associados, como os custos elevados de implementação, as vulnerabilidades tecnológicas, sobretudo nos casos em que os sistemas não estão bem integrados, a tendenciosidade e justiça na IA, e os desafios éticos e regulatórios.
Como balanço e conclusão, e defendendo que a transformação digital e a IA “melhoram a gestão de projectos”, Sérgio Lopes deixou algumas recomendações para a adopção e utilização da IA nesta área, começando por uma abordagem estratégica. “É importante iniciar com projectos pequenos, de forma a medir o impacto e escalar gradualmente para garantir uma transformação eficaz. Além disso, é igualmente relevante garantir práticas de governança e ética ao cumprir as normas e regulamentos relevantes durante o processo de transformação. Por fim, é crucial investir na capacitação das equipas e na promoção de uma cultura de inovação para impulsionar a mudança digital e organizacional com sucesso”, concluiu.
A Maratona de Gestão de Projectos 2025 reuniu profissionais, académicos, estudantes e empresas para a partilha de conhecimentos, experiências e boas práticas que reforçam a importância da gestão de projectos no crescimento económico e social de Angola. O evento incluiu painéis de debate, sessões de networking, nos quais equipas multidisciplinares foram convidadas a propor soluções criativas para problemas reais de gestão e implementação de projectos em diferentes sectores, como infra-estruturas, energia, tecnologia, saúde, educação, administração pública e liderança.
