Um estudo realizado pelo Instituto Chandler de Governança, cujos resultados constam do Índice de Boa Governação Chandler (CGGI) 2025, revela que Angola está entre as economias que mais crescem a nível global, impulsionada sobretudo pelos investimentos em infraestruturas ligadas ao petróleo e ao gás.
Os investimentos no sector petrolífero, referidos no relatório, haviam sido anunciados em 2024 pela então directora de Produção da Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANPG), Ana Rosa Miala, que, na altura, estimava que estas opções de investimento poderiam elevar a produção petrolífera do país para entre 2 e 3 milhões de barris por dia, face aos 1,1 milhões de barris/dia registados então.
Esta é a primeira vez que Angola surge no ranking da CGGI e, segundo o documento a que o Polígrafo África teve acesso, o país ocupa o 5.º lugar no indicador relativo ao superavit orçamental.
Contudo, o relatório mostra uma realidade contrastante: se, por um lado, Angola surge entre as economias em maior expansão, por outro, continua a figurar entre os países com pior desempenho em termos de boa governação, posicionando-se apenas à frente da Serra Leoa e da Venezuela.
Num universo de 120 países avaliados, Angola ocupa a 118.ª posição no ranking global, penalizada pela fragilidade das instituições, pela debilidade do quadro legal e por políticas públicas consideradas pouco consistentes.
No subíndice Liderança e Prospetiva, Angola surge na 105.ª posição; no domínio das Leis e Políticas Robustas, ocupa o 116.º lugar; e em Instituições Fortes encontra-se na 104.ª posição.
Polígrafo África






