A Federação Angolana de Futebol (FAF) abriu, ontem, um novo capítulo na sua estrutura, ao empossar José Jorge Fernandes do Amaral “Zeca Amaral” como novo director técnico nacional, em substituição de Miller Gomes. A cerimónia realizou-se na sede da instituição, na Urbanização Nova Vida, em Luanda.
Em declarações à imprensa, no primeiro discurso, Zeca Amaral definiu como prioridade a concretização do tão aguardado curso de Licença A da CAF em território angolano, uma meta várias vezes anunciada, mas nunca cumprida.
“É um compromisso que precisa se tornar realidade. Só assim os nossos treinadores podem ter melhores condições de progressão”, afirmou, reconhecendo que a ausência desta certificação limita a evolução do quadro técnico nacional.
O novo responsável da Direcção Técnica fez ainda questão de sublinhar que conhece profundamente as responsabilidades do cargo, alicerçadas no manual da FIFA para directores técnicos, documento-guia para a actuação.
Zeca Amaral assegurou que vai adaptar as orientações internacionais às especificidades do futebol angolano e responder aos problemas concretos do país.
Questionado se pretende acumular funções com o cargo de treinador principal do Wiliete Sport Clube de Benguela, o técnico preferiu não se comprometer, mantendo em aberto o futuro imediato no Girabola: “Peço desculpas. Aqui falo apenas de questões ligadas à Direcção Técnica. Outros assuntos vamos tratar em fórum próprio”.
A saída de Miller Gomes encerra um ciclo iniciado em 2019, quando sucedeu a Raul Chipenda, na época indicado para a CAF. Ainda ontem, o antigo vogal das selecções nacionais Carlos Alonso “Kali” foi promovido a vice-presidente, reforçando a ligação entre a estrutura federativa e as equipas representativas.
A área das competições passa a estar sob a responsabilidade de Sousa Garcia, que substitui José Neves, afastado após críticas relacionadas aos nacionais jovens.
Alves Simões, presidente da FAF, defendeu que as nomeações fazem parte da estratégia para corrigir falhas estruturais e preparar a Federação para os desafios futuros.
“São profissionais e vão trazer outra dinâmica nos diferentes sectores”, disse.
JA