O Presidente da República Democrática do Congo, Félix Tshisekedi, anunciou esta madrugada, 8 de Agosto, na televisão nacional a nova equipa de ministros que passa a contar com duas figuras da oposição. A remodelação governamental era uma medida aguardada pelos congoleses.
A nova equipa governamental continua sob a liderança da primeira-ministra Judith Suminwa Tuluka e inclui 53 membros, um a menos do que no anterior executivo.
A novidade passa pela nomeação do opositor e antigo Primeiro-Ministro (2008-2012) Adolphe Muzito para o cargo de vice-primeiro-ministro e ministro do Orçamento e de Floribert Anzuluni, líder de um pequeno partido político da oposição, que passa a assumir a pasta da Integração Regional.
O ministro das Comunicações e porta-voz do Governo, Patrick Muyaya, permanece no cargo, assim como a ministra das Relações Exteriores, Thérèse Kayikwamba.
Na dança política das cadeiras, Eve Bazaiba passa do Ministério do Ambiente, onde é substituída por Marie Nyange, para os Assuntos Sociais e Aimé Boji deixa a pasta do Orçamento e assume o Ministério da Indústria.
Entre os recém-chegados, o deputado Eliezer Tambwe ocupa o cargo de ministro Delegado para a Defesa, Guillaume Ngefa foi nomeado ministro da Justiça, substituindo Constant Mutamba, processado num caso de desvio de fundos públicos, e Grace Emie Kutino – líder de uma igreja evangélica – é a nova ministra da Juventude.
A remodelação governamental era aguardada com impaciência pelos congoleses, após “consultas políticas” no início do ano, período marcado por uma grave crise de segurança no leste do país.
Entretanto, as discussões entre o grupo armado M23 e as autoridades de Kinshasa para a implementação da declaração de intenções, assinada em julho em Doha, “estão a demorar um pouco”, avançou ontem um responsável. Este atraso lança dúvidas sobre a realização das conversações de paz, inicialmente previstas para hoje no Catar.
